Os céticos, críticos e quem torcia contra estão engolindo em seco, mas o Futuro chegou.

O novo modelo da OpenAI, o GPT-5, já está entre nós. E ele não é apenas uma versão melhorada do anterior. Um verdadeiro salto para o futuro da tecnologia. Neste artigo, trago os exemplos mais impressionantes que vi até agora, todos demonstrados por Matthew Berman, e algumas ideias sobre o que isso pode significar para quem está começando a aprender ou já trabalha com tecnologia.

Um modelo que pensa como um arquiteto

O GPT-5 não se limita a responder perguntas simples ou gerar textos. Ele demonstra uma capacidade impressionante de compreender e construir soluções a partir de estruturas complexas. Um exemplo marcante mostrado por Matthew Berman revela o potencial real desse novo modelo: ele pediu ao GPT-5 que analisasse arquivos YAML com a descrição técnica de uma arquitetura de microserviços, algo que exige leitura cuidadosa, interpretação de componentes e entendimento da lógica por trás de sistemas distribuídos. O modelo não só entendeu tudo, como foi além, sugerindo a criação de um painel de controle funcional para essa arquitetura.

Mais do que apenas sugerir, o GPT-5 realmente criou esse painel de controle. Usando tecnologias modernas como React e Tailwind, ele gerou o código completo da interface com uma navegação fluida e elementos interativos, tudo funcionando de forma integrada. Em outras palavras, ele não apenas seguiu instruções, mas projetou, desenvolveu e entregou uma solução pronta para uso, como um profissional experiente faria. Esse nível de execução mostra que estamos entrando em uma nova era na forma como softwares podem ser concebidos e construídos.

Tarefas como essa, até pouco tempo atrás, exigiam a colaboração de equipes inteiras de desenvolvedores front-end, designers de interface e engenheiros de software. Hoje, com a ajuda do GPT-5, uma única pessoa consegue sair da ideia até a implementação com muito mais rapidez e eficiência. Isso representa uma verdadeira revolução na produtividade e na criatividade digital. O que antes levava dias ou semanas pode ser feito em questão de minutos e com uma qualidade surpreendente.

Exemplos que parecem mágica (mas são reais)

O excelente canal do Matthew Berman colocou o GPT-5 à prova com uma série de desafios clássicos de programação — os mesmos que ele usa sempre que testa um novo modelo. E o resultado? O GPT-5 passou com louvor, entregando soluções funcionais, rápidas e impressionantes em praticamente todos os testes.

Cubo Mágico 3D

Do cubo 3×3 até o 20×20, com solução automática e interação por mouse. O GPT-5 criou um simulador 3D completo com câmera, botões para embaralhar, resolver e interagir. Tudo funcionando direto no navegador. O mais impressionante: ele foi ajustando o código com base em imagens de erro que o usuário enviava.

Um Excel feito do zero, em minutos

Sim, o GPT-5 também criou um clone funcional do Excel, e o modelo fez isso em uma única rodada de conversa. O modelo gerou um editor de planilhas com suporte a múltiplas abas, entrada de dados em células, fórmulas como =1+1, formatação de texto, alinhamento, troca de cores, e até importação e exportação em CSV. O mais surpreendente é que tudo funciona direto no navegador, sem depender de bibliotecas externas pesadas.

Esse tipo de aplicação costumava levar dias (ou semanas) para ser construída manualmente. Com o GPT-5, isso vira uma tarefa de minutos e com resultados extremamente sólidos. É mais uma prova de que estamos entrando em uma nova era de criação digital.

Clone do Word

Com um único comando, o GPT-5 criou um editor de texto completo, no estilo Microsoft Word: formatação, listas, imagens, botões de desfazer e refazer, troca de fontes, alinhamentos… Tudo responsivo, funcional e feito numa única rodada de conversa.

Jogo da Vida em 3D

Uma recriação moderna do clássico “Conway’s Game of Life”. Mas aqui, o plano 2D virou uma esfera, um toro, ou até uma fita de Möbius. Os controles permitem mudar o tamanho da grade, a velocidade, as cores, o brilho e o estilo de visualização. É como uma aula de matemática, arte e programação ao mesmo tempo.

Snake com efeitos visuais

O jogo da cobrinha, mas com estilo: trilhas luminosas, partículas, câmera lenta, tipos diferentes de comida com superpoderes e cenários dinâmicos. Tudo isso com código simples em HTML e JavaScript.

Simulações físicas impressionantes

O GPT-5 criou simulações de física como um pêndulo duplo com controle de gravidade, massa e amortecimento. Também programou bolas batendo dentro de um hexágono giratório com colisões realistas. A física foi bem simulada e o visual ficou ótimo. Você pode até ajustar resistência do ar, atrito, rotação, número e tamanho das bolas.

Texto moldado em formas

O GPT-5 consegue moldar parágrafos ao redor de formas como círculos, donuts e outros objetos complexos. Além disso, permite controle de fonte, espaçamento, tamanho da textura e até hifenização. É como se ele desenhasse com texto.

Lego 3D e simulador de voo

O modelo criou um ambiente para montar blocos de Lego em 3D, com sombras, rotação, troca de cores e até animações de encaixe. No simulador de voo, o avião tem câmera em terceira pessoa, colisão com prédios e controle de movimento. Tudo isso funciona direto no navegador.

Dois modos de usar o GPT-5

Uma das novidades mais interessantes do GPT-5 é a introdução dos dois modos de operação: modo pensamento e modo direto. Agora, além da resposta final, você pode acompanhar o processo de raciocínio do modelo, como se estivesse vendo os bastidores do que ele está prestes a dizer.

No modo pensamento, o GPT-5 compartilha com você os passos mentais que está seguindo para chegar a uma conclusão. Ele mostra seu planejamento, possíveis caminhos, justificativas e até opções descartadas. Esse modo é ideal para quem quer transparência em tarefas mais complexas: programação, design de interfaces, resolução de problemas técnicos, escrita de conteúdos longos, ou simplesmente quando você quer ver “como” e “por que” ele chegou naquela resposta. É como conversar com um especialista que pensa em voz alta.

Já o modo direto é voltado para produtividade: perguntas rápidas, instruções simples, tarefas repetitivas. Ele responde de forma objetiva, sem explicações extras. É perfeito para quem quer agilidade e já sabe o que precisa.

Esses dois modos oferecem uma flexibilidade poderosa para diferentes tipos de usuários. Desde estudantes e curiosos até profissionais de alto nível em tecnologia, educação e negócios, todos serão bem atendidos pela ferramenta. Ambos os modos estão disponíveis desde o lançamento do GPT-5, que ocorreu oficialmente no dia 7 de agosto de 2025 durante o evento de apresentação da OpenAI. A partir desta data, o modelo passa a ser liberado gradualmente, tanto na API para desenvolvedores quanto no ChatGPT Plus, Team e Enterprise.

Ainda tem limites — mas cada vez menores

Apesar de tudo isso, o GPT-5 ainda não é perfeito, e nem promete ser. Algumas simulações físicas podem se comportar de maneira estranha, a física de colisão pode falhar em detalhes, e em alguns testes ele ainda tem dificuldade em empilhar blocos de Lego corretamente. Também podem surgir bugs em visualizações 3D mais complexas, especialmente quando há muitas variáveis interativas envolvidas.

Mas aqui está o ponto mais impressionante: ele aprende com o erro que você mostra. Literalmente. Se você tirar um print de um bug visual ou estrutural, e mostrar a imagem para o GPT-5, ele consegue revisar o próprio código e corrigir o problema com base apenas na observação. Esse tipo de correção visual é uma das marcas da evolução multimodal do novo modelo.

Em outras palavras, estamos falando de um sistema que não apenas gera código de qualidade, mas que também compreende o resultado visual desse código e pode se autoajustar em ciclos cada vez mais curtos. O resultado? Um assistente criativo e técnico que vai ficando melhor a cada interação.

O que muda com o GPT-5?

O GPT‑5 foi lançado oficialmente hoje, dia 7 de agosto de 2025, marcando um novo capítulo na evolução da inteligência artificial generativa. Diferente de seus antecessores, ele não apenas responde a perguntas, ele raciocina com profundidade, mantém coerência em textos longos e entende contextos complexos com uma clareza impressionante. Com uma janela de contexto significativamente maior, com cerca de 256.000 tokens (ou cerca de
1.024.000 caracteres), o modelo consegue manter diálogos e projetos extensos sem perder o fio da meada, o que é fundamental para usos mais sofisticados em áreas como educação, desenvolvimento de software, criação artística e comunicação corporativa.

Outro ponto que marca essa nova geração é a variedade de modelos e modos de raciocínio. O GPT‑5 consegue adaptar sua forma de resposta conforme a complexidade da pergunta, alternando automaticamente entre respostas rápidas e raciocínios mais elaborados. Não é mais necessário escolher entre modelos específicos: ele faz isso por você, otimizando a experiência e entregando resultados mais adequados. Além disso, a memória expandida permite que ele aprenda com interações passadas dentro de uma mesma sessão ou ao longo do tempo, dependendo da configuração de uso, o que o torna muito mais eficiente como assistente pessoal ou ferramenta de apoio profissional.

A integração do GPT‑5 com outras plataformas também evoluiu. Ele agora pode operar de forma unificada em diferentes interfaces, como o ChatGPT tradicional, ambientes empresariais (via ChatGPT Team ou Enterprise), e pela API para desenvolvedores, facilitando sua incorporação em fluxos de trabalho, produtos digitais e sistemas educacionais. Com tantos avanços reunidos em um único lançamento, a pergunta que paira no ar já não é mais sobre o que essa tecnologia consegue fazer, mas sim se nós estamos prontos para usá-la em todo seu potencial.

Como disse Matthew Berman: “O GPT-5 já está pronto para o mundo real. A pergunta é: será que nós estamos prontos para ele?”

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