Construindo Universos

Na composição ficcional, letras são as partículas elementares que se aglutinam em corpúsculos a cada palavra gerada, dão vida à seres a cada frase esparramada pelo papel, descrevem lugares a cada parágrafo concebido, nações a cada capítulo cotejado, planetas a cada volume consumado, sistemas a cada saga finda, galáxias a cada obra derivada…

…escrever é razoar, refletir e cogitar através dos dedos, é resgartar a Ordem escondida no Caos – na ausência do Cosmos vindouro.

Escrever, seja com letras, com notas, com tintas, com barro, com o que quer que seja, é criar: é Cosmogonia.

Criar universos ficcionais é uma paixão que está presente em mim há tanto tempo que eu não seria capaz de dizer com que idade comecei a produzir cotidianamente este tipo de material.

Primeiro com desenhos rudimentares, depois com algum talento e pouca técnica mas, foi quando lancei mão da escrita para descrever tais mundos imaginários que começou a surgir um rigor na construção de domínios fictícios, primeira mente por mera diversão e, mais tarde, como meio de descrever, questionar, criticar, denunciar e discorrer a respeito do mundo em que vivemos.